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As maiores fontes

dos gases do efeito estufa

gases de efeito estufa

Atualmente é enorme a quantidade de fatos que comprovam em nosso entorno a realidade das mudanças climáticas. Porém, existe um fator ainda pouco conhecido que contribui severamente para o agravamento dessa situação. Sabe o que é? Todas as suas atividades tecnológicas.

Sim, isso mesmo, o filme que você assiste na Netflix, o armazenamento que você faz na nuvem, o processamento dos dados dos seus clientes e a orientação para você chegar em um lugar desconhecido. Isto, considerando apenas as atividades pessoais do seu dia a dia.

Todas essas atividades tecnológicas geram uma quantidade muito significativa de gases de efeito estufa para a atmosfera. Agora imagine as grandes empresas de tecnologia onde o negócio delas é suprir toda as necessidades de pessoas físicas e pessoas jurídicas do planeta.

Para evidenciar essa afirmação façamos o seguinte exercício de análise:

Em quanto tempo as aplicações tecnológicas levaram para chegar a 1 milhão de usuários[1], a partir do seu lançamento?

  • Netflix: 4 anos e 11 meses;
  • Airbnb: 2 anos e 5 meses;
  • Twitter: 2 anos;
  • Pinterest: 1 ano e 4 meses;
  • LinkedIn: 1 ano e 3 meses;
  • Snapchat: 1 ano;
  • Foursquare: 13 meses;
  • Facebook: 10 meses;
  • Zoom: 9 meses;
  • YouTube: 8 meses;
  • Dropbox: 7 meses;
  • Spotify: 5 meses;
  • Instagram: 2 meses;
  • ChatGPT: 5 dias;
  • Treads 1 hora.

 

Agora, vamos olhar apenas do ponto de vista da energia consumida: como a maioria de vocês sabe, um processador para manipular um dado qualquer, necessita de energia para realizar a atividade de processamento que gera a informação desejada. Ao mesmo tempo precisa de energia para resfriar o processador. Por isso, aquela ventoinha, presente em qualquer equipamento que tenha um processador embarcado. Ou seja, no processamento de um dado, há a geração de uma dupla pegada de carbono (emissão de gases de efeito estufa) para executar qualquer atividade: uma para executar o processamento, propriamente dito, e outra para resfriar o processador.

Ao comparar a uma viagem de avião que leva você de um ponto ao outro, há consumo de energia por meio de combustível. Neste caso, temos apenas uma pegada de carbono principal, a queima do combustível.

Comparando a evolução das atividades nos setores de tecnologia, presente na redução do tempo para alcáçar 1 milhão de usuários, com o incremento da velocidade em aeronaves comerciais no setor de aviação, verifica-se que:

  • A velocidade de um avião de passageiros, para percorre uma distância, não aumentou na proporção que ocorreu a redução do tempo para as aplicações tecnológicas chegarem a 1 milhão de usuários a partir dos seus respectivos lançamentos, não é verdade?
  • Outra observação é que nas duas trajetórias evolutivas há correlação direta entre suas atividades e o aumento de emissões de gases de efeito estufa.

 

O que nos mostra que a atividade no setor de tecnologia gera mais emissão de gases de efeito estufa do que o transporte aéreo. Fato é que: as atividades do setor de tecnologia hoje já superaram, em emissão de gases de efeito estufa, o setor de aviação.

Porém, quando observamos a figura2 acima, que mostra os maiores geradores de gases de efeito estufa, o setor de tecnologia, não está representado dentro da conta de ameaças climáticas. Será que não seria o momento de darmos a devida atenção as consequências de como utilizamos a tecnologia no dia a dia?

Portanto, pense nessas questões quando você for fazer a sua próxima videoconferência. “Ao menos deixe o seu vídeo fechado, quando você não for falar”.

Por Amilton Machado Costa, MSc. Presidente do Conselho de Administração da Machado Consulting Assessoria Empresarial LTDA e Presidente da Associação dos Diplomados do Prominp — ANDP e Vice-Presidente da Federação Parafootgolf do Rio de Janeiro — FPFGRJ Contato: amiltonmachadocosta6@gmail.com

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