Atualmente é enorme a quantidade de fatos que comprovam em nosso entorno a realidade das mudanças climáticas. Porém, existe um fator ainda pouco conhecido que contribui severamente para o agravamento dessa situação. Sabe o que é? Todas as suas atividades tecnológicas.
Sim, isso mesmo, o filme que você assiste na Netflix, o armazenamento que você faz na nuvem, o processamento dos dados dos seus clientes e a orientação para você chegar em um lugar desconhecido. Isto, considerando apenas as atividades pessoais do seu dia a dia.
Todas essas atividades tecnológicas geram uma quantidade muito significativa de gases de efeito estufa para a atmosfera. Agora imagine as grandes empresas de tecnologia onde o negócio delas é suprir toda as necessidades de pessoas físicas e pessoas jurídicas do planeta.
Para evidenciar essa afirmação façamos o seguinte exercício de análise:
Em quanto tempo as aplicações tecnológicas levaram para chegar a 1 milhão de usuários[1], a partir do seu lançamento?
Agora, vamos olhar apenas do ponto de vista da energia consumida: como a maioria de vocês sabe, um processador para manipular um dado qualquer, necessita de energia para realizar a atividade de processamento que gera a informação desejada. Ao mesmo tempo precisa de energia para resfriar o processador. Por isso, aquela ventoinha, presente em qualquer equipamento que tenha um processador embarcado. Ou seja, no processamento de um dado, há a geração de uma dupla pegada de carbono (emissão de gases de efeito estufa) para executar qualquer atividade: uma para executar o processamento, propriamente dito, e outra para resfriar o processador.
Ao comparar a uma viagem de avião que leva você de um ponto ao outro, há consumo de energia por meio de combustível. Neste caso, temos apenas uma pegada de carbono principal, a queima do combustível.
Comparando a evolução das atividades nos setores de tecnologia, presente na redução do tempo para alcáçar 1 milhão de usuários, com o incremento da velocidade em aeronaves comerciais no setor de aviação, verifica-se que:
O que nos mostra que a atividade no setor de tecnologia gera mais emissão de gases de efeito estufa do que o transporte aéreo. Fato é que: as atividades do setor de tecnologia hoje já superaram, em emissão de gases de efeito estufa, o setor de aviação.
Porém, quando observamos a figura2 acima, que mostra os maiores geradores de gases de efeito estufa, o setor de tecnologia, não está representado dentro da conta de ameaças climáticas. Será que não seria o momento de darmos a devida atenção as consequências de como utilizamos a tecnologia no dia a dia?
Portanto, pense nessas questões quando você for fazer a sua próxima videoconferência. “Ao menos deixe o seu vídeo fechado, quando você não for falar”.
Por Amilton Machado Costa, MSc. Presidente do Conselho de Administração da Machado Consulting Assessoria Empresarial LTDA e Presidente da Associação dos Diplomados do Prominp — ANDP e Vice-Presidente da Federação Parafootgolf do Rio de Janeiro — FPFGRJ Contato: amiltonmachadocosta6@gmail.com
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